tag:blogger.com,1999:blog-1290514067207977447.post7883729618845507294..comments2023-05-07T16:01:33.518+01:00Comments on O Calor Humano: Só há um tipo de amorCalor Humanohttp://www.blogger.com/profile/00927809335794343211noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1290514067207977447.post-74283037674652822962011-07-27T04:45:30.229+01:002011-07-27T04:45:30.229+01:00Que maravilhosa contribuição para o nosso pensamen...Que maravilhosa contribuição para o nosso pensamento! Obrigado Maria. Deve ter sido das contribuições com maior entrega (sem esperar receber em troca) que tenho tido aqui!<br /><br />Passo então à análise das ideias que propões.<br /><br />Constato que não divergimos significativamente, embora eu não aflore muitos dos pontos em que tocas no meu texto ingénuo, daí certas lacunas que o tornam inexato.<br /><br />Pessoalmente, considero todo o amor, o amor que é verdadeiro, desinteressado. Parece-me que só esse pode ser o verdadeiro amor. <br /><br />Quanto mais desinteressado, mais puro. É mais um critério complementar que talvez possa contribuir para distinguir o que seria amor do que não.<br /><br />Nesse sentido, confesso não compreender a dicotomia que estableces entre o amor familiar e o desinteressado, porque não consigo conceber maior dádiva que não espera nada em troca que a família: uma mãe dá a um filho, um irmão a outro, um avô a um neto, todos sempre sem pedir nada em troca. As famílias que colapsam começam a sua derrocada quando os seus membros esperam coisas em troca. Porque é impossível receber de volta o que se dá. Porque o que uma mãe dá a um filho é impagável.<br /><br />Trata-se, de facto, desse amor que se basta a si próprio. Mas é justamente esse que leva a construir famílias, porque ao dá-lo elas nascem.<br /><br />Se a pessoa se afasta da "família" e é um amor solitário, então é "amor a si mesmo", o que não é amor, pois não é um sentimento sem esperar ter retorno, pois o próprio ato desse suposto amor é em si mesmo o retorno.<br /><br />Sim, também acho que a incondicionalidade no sentido tradicional do termo é optativa, embora isso abra um debate paralelo, pois leva a questionar porque amamos alguém. Se não há condições então poderíamos amar qualquer pessoa. Mas o facto é que, objetivamente, não amamos.<br /><br />O amor a Deus que referes diria que é a Fé.<br /><br />O salvamento do bombeiro é um excelente desafio. Parece-me que é amor, sim - igualmente incondicional - amor em que ele trata alguém que não é da sua família como se fosse. E por isso é na mesma da família.<br /><br />Concordo em absoluto com a tua conclusão: há o amor, sem categorias nem análises, que é tudo o que vale a penaCalor Humanohttps://www.blogger.com/profile/00927809335794343211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1290514067207977447.post-79537138056490144152011-07-25T21:24:09.196+01:002011-07-25T21:24:09.196+01:00Podemos dizer simultaneamente e sem nos contradize...Podemos dizer simultaneamente e sem nos contradizermos que há apenas um e que há vários tipos de amor. Podemos dizer que só há o amor da família, como a menina disse e o menino reproduz, e que dentro desse amor há variações, porque não podemos negar que não só a força e a expressão, como também, e vindo mais ao caso, algo intrínseco, uma espécie de impulso que nos move pelo outro, é diferente em cada caso. Mas a questão é que também há amor que não é de família, a não ser por alguma lógica rebuscada que eu não esteja a ver agora. Há amor com pertença (que eu ligo à ideia de família, mesmo que não seja a de sangue e seja só a de amor), há amor desinteressado, que é um pouco diferente. E raríssimo também. Quando só se dá e não se deixa de dar quando se percebe que não se vai receber. Podem viver lado a lado, mas não são a mesma coisa. (Tenho vindo a pensar que o retorno não importa e que o amor que tenho em mim chega para me alimentar. Que só me devo encher de muito amor por tudo e não exigir que ele apareça. Mas claro... Essa ainda é uma meta distante, da qual só vou saboreando uns momentos, tal como acontece na busca pela Verdade, pela Beleza, pela Perfeição. Esses valores românticos, que não se sabe bem se existem, já tão questionados e massacrados, mas que cada vez mais quero seguir.) Há o amor incondicional (porque eu não acho que para ser amor tenha que ser incondicional, assim só não é tão bom), e às vezes há o que era e deixa de ser. (E não tem mal.) Há o amor por todas as coisas, pelas criaturas de Deus, pelas obras do Homem, pela Vida, pelo que fazemos, o amor que sentimos por tudo se o tivermos em nós, e que não deixa de ser amor por não ser por pessoas. Nem por ser por pessoas a quem não dizemos que amamos ou que não amamos sempre, mas só naquele momento. De certa forma. <br />O que é que leva um bombeiro a arriscar a vida por um estranho? É o amor. E não é de família. É só amor. Tudo para dizer que não há só um tipo de amor, mas também não há vários que se possam definir. Há o amor. Sem categorias nem análises. Que é só maravilhoso. E que é tudo o que vale a pena.<br /><br />Mas não quero dizer que não goste das análises ou reflexões. Partilha-as, se faz favor :) É bom para nos fazer pensar.Marianoreply@blogger.com