terça-feira, 21 de junho de 2011

Verdadeiro o amor que só pode ser aquele

Quanto mais velhos crescemos, menos pessoas há com quem nos possamos casar.

Somos cada vez mais irreversíveis. Já não há, nos outros nem em nós, o futuro do sonho do que eles, ou nós, poderemos ser. Já somos tudo o que poderemos ser. O que iríamos descobrir juntos está cada vez mais a descoberto, na solidão.

Mas por essa razão, se encontrada a rara, única, pessoa, que poderíamos amar, mais fulminante é esse amor.

A complexidade que adquirimos através do tempo apurou a especificidade do que somos, e o que antes era uma incógnita, materializado, faz com que a excitação do incerto dê lugar à certeza da excitação.

A eroticidade do definido. A sedução da forma concreta, sem dúvidas. O desejo louco do que é irremediável. O deslumbre, a tentação em nós da tragédia do verdadeiro amor: aquele que só pode ser assim.

Por isso, quanto mais novos, mais amores, mas mais leves, quanto mais velhos, menos, mas mais fortes.

Pelo menos, quero acreditar que sim.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ao verificar o tempo que levamos a aprender cada coisa

Não pedir mais tempo.

Agradecer a Deus a sorte de Ele nos dar uma esperança de vida que chega para O compreendermos.

sábado, 4 de junho de 2011

Estranha entranha

De tudo o que se gosta, se aprendeu a gostar.

Não é só o vinho. Nem a coca-cola com a frase do Fernando Pessoa. É tudo.

Tudo o que gostamos nos foi ensinado a que gostássemos. Assim como não há nada natural, porque tudo é natural.

Esta compreensão permite alcançar o erro da nossa sociedade baseada no que gostamos.

Pensem nisso.