Os portugueses inventaram a Saudade.
Para haver a Saudade foi preciso alguém ter ido a algum lugar, e alguém ter ficado.
Viajámos Todo-o-Mundo.
E o país onde chegámos foi o Brasil.
Aí produzimos um país-saudoso-de-futuro, para com ele podermos ser para sempre assim, saudosos.
Lá repousa o meu Amor. Lá vivo.
Para haver a Saudade foi preciso alguém ter ido a algum lugar, e alguém ter ficado.
Viajámos Todo-o-Mundo.
E o país onde chegámos foi o Brasil.
Aí produzimos um país-saudoso-de-futuro, para com ele podermos ser para sempre assim, saudosos.
Lá repousa o meu Amor. Lá vivo.
E só agora compreendo realmente as palavras Vai minha tristeza,
e diz a ela que sem ela não pode ser,
diz-lhe, numa prece
Que ela regresse, porque eu não posso Mais sofrer.
Chega, de saudade
a realidade, É que sem ela não há paz,
não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca,
dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.
Não quero mais esse negócio de você longe de mim...
E só isto é que pode ser o Amor. O Amor impossível-possível. O Amor imerecido-merecido. O Amor que é eterno porque o Tempo que leva a senti-lo é todo o Oceano, é maior que o tempo de vida, é maior que nós. Só um Amor maior que nós é que é Amor.
E assim o meu coração bate-dói-dói, bate-dói-dói, e não sou mais que um trapo humano, um fantasma amoroso, um caco.
Sou finalmente uma pessoa.
Quando for enterrado no Kinkaku-ji, quero que esteja escrito na minha lápide:
Nascer pequeno e morrer grande, é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tantas para a sepultura. Para nascer, pouca terra; para morrer toda a terra: para nascer, Portugal: para morrer o mundo.
. - Padre António Vieira
Não te esqueças amor.
E assim o meu coração bate-dói-dói, bate-dói-dói, e não sou mais que um trapo humano, um fantasma amoroso, um caco.
Sou finalmente uma pessoa.
Quando for enterrado no Kinkaku-ji, quero que esteja escrito na minha lápide:
Nascer pequeno e morrer grande, é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tantas para a sepultura. Para nascer, pouca terra; para morrer toda a terra: para nascer, Portugal: para morrer o mundo.
. - Padre António Vieira
Não te esqueças amor.