Ao ter alcançado a conclusão de que aceitar que não sabemos algo é condição essencial a aprendê-lo, fiquei surpreendido por algo tão óbvio me surgir tão esclarecedor.
É essa aceitação que permite identificar interiormente o buraco certo para aquilo que queremos introduzir em nós, assimilar, apreender. Torna tudo tão rápido se comparada àquela forma desconfiada de aprender, em que a cada passo questionamos os danos que causará em nós o que nos é proposto.
Pois se por vezes há espaços vazios, noutros há o perigo pôr algo novo sobre algo que já lá estava.
Assim, não surpreende o número de pessoas que não aprende coisas novas porque não quer. Tudo por afeição à pessoa que a sua ignorância lhe permite ser. É, no fundo, um instinto de auto-preservação. Porque a pessoa depois de aprender uma coisa nunca mais é a mesma. E uma pessoa pode não querer deixar de ser quem é.
E nunca me esqueço que não ter passado por algo é também saber o que é não ter passado por isso. Basta pensar que não há sorriso mais puro que o de um bebé.
E nunca me esqueço que não ter passado por algo é também saber o que é não ter passado por isso. Basta pensar que não há sorriso mais puro que o de um bebé.
Enquanto há certas pessoas que querem aprender para passar a ser a pessoa que seria amada pela pela pessoa que ainda são mas que deixarão de ser ao tornarem-se essa, outros querem preservar a felicidade que serem quem são lhes proporciona.
No fundo, uma pessoa quer aprender por fraca auto-estima.