Amar é passar a ter um motivo para gostarmos de ser nós.
Por termos o previlégio de amar quem amamos.
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
Braços
Amar alguém é passar a ter quatro braços, dois dos quais andam por aí no mundo a fazer coisas boas para nós sem nós os controlarmos, e nós por eles.
Para poder viver
A coisa mais importante para poder viver é compreender como ninguém é perfeito. Em linguagem religiosa: só Deus é perfeito.
E saber aceitar.
Nenhuma decisão na nossa vida pode ser baseada nos defeitos das pessoas à nossa volta. Só nas qualidades.
Pois no topo dessa lista de pessoas não perfeitas, estamos sempre nós.
Aceitar os outros pensando como é que eles me aceitam a mim?
E saber aceitar.
Nenhuma decisão na nossa vida pode ser baseada nos defeitos das pessoas à nossa volta. Só nas qualidades.
Pois no topo dessa lista de pessoas não perfeitas, estamos sempre nós.
Aceitar os outros pensando como é que eles me aceitam a mim?
segunda-feira, 23 de março de 2009
Isto para mim ainda é ontem
Às vezes saio do trabalho às sete da manhã.
Mas confesso, gosto mesmo bué.
Quando se sai do trabalho às sete da manhã, as escadas do prédio cheiram a café.
Lá dentro das casas ouvimos as crianças a acordarem e as mães a mandarem-nas lavar os dentes.
E quando vamos de carro para casa, as outras pessoas conduzem ainda devagarinho, sem pressas nem ânsias, porque ainda estão a viver a pensar nos sonhos que tiveram.
Na rádio, os locutores ainda falam baixo, sussurram e dizem coisas meigas.
Na IC19, as pessoas que têm hortas na berma da estrada acabaram de chegar e esperguiçam-se antes de começaram a trabalhar. Da mesma maneira que um pouco antes se esperguiçavam os distribuidores de publicidades que estavam no Marquês de Pombal vestidos de esponjas de detergente CIF.
As madrugadas em Lisboa parecem um filme do Ozu.
As madrugadas são a mais bela parte do dia. Foi hoje quando vinha para casa, que a sua beleza me fez perceber finalmente como apreciar os prédios portugueses em toda sua beleza e sentido. Quando vamos a Espanha, vemos aqueles prédios em tijolo e pensamos Claro, faz sentido, são quentes, acolhedores, com toldos, que agradáveis, como os espanhóis. Quando vamos a França, vemos aqueles prédios elegantes, educados, altivos, e agradáveis, também eles como os franceses, e pensamos Faz sentido. O mesmo para o resto dos lugares do mundo. Mas até hoje ainda não tinha percebido essa unidade absoluta das construções da nossa civilização. Agora percebi. É que todas as casas, prédios e construções portuguesas de qualquer tipo, parecem que foram banhadas pelo Mar. Pertencem a uma arquitectura marinha. Parece que cada tijolo foi banhado em água salgada, baptizado numa bacia que cada pedreiro tem do seu lado, antes de ser posto em cima dos anteriores, todos abençoados. E o mesmo para as tintas, dissolvidas em água do mar. E os azulejos, magníficos azulejos onde se podia surfar. Os prédios portugueses sabem a mar.
Mas confesso, gosto mesmo bué.
Quando se sai do trabalho às sete da manhã, as escadas do prédio cheiram a café.
Lá dentro das casas ouvimos as crianças a acordarem e as mães a mandarem-nas lavar os dentes.
E quando vamos de carro para casa, as outras pessoas conduzem ainda devagarinho, sem pressas nem ânsias, porque ainda estão a viver a pensar nos sonhos que tiveram.
Na rádio, os locutores ainda falam baixo, sussurram e dizem coisas meigas.
Na IC19, as pessoas que têm hortas na berma da estrada acabaram de chegar e esperguiçam-se antes de começaram a trabalhar. Da mesma maneira que um pouco antes se esperguiçavam os distribuidores de publicidades que estavam no Marquês de Pombal vestidos de esponjas de detergente CIF.
As madrugadas em Lisboa parecem um filme do Ozu.
As madrugadas são a mais bela parte do dia. Foi hoje quando vinha para casa, que a sua beleza me fez perceber finalmente como apreciar os prédios portugueses em toda sua beleza e sentido. Quando vamos a Espanha, vemos aqueles prédios em tijolo e pensamos Claro, faz sentido, são quentes, acolhedores, com toldos, que agradáveis, como os espanhóis. Quando vamos a França, vemos aqueles prédios elegantes, educados, altivos, e agradáveis, também eles como os franceses, e pensamos Faz sentido. O mesmo para o resto dos lugares do mundo. Mas até hoje ainda não tinha percebido essa unidade absoluta das construções da nossa civilização. Agora percebi. É que todas as casas, prédios e construções portuguesas de qualquer tipo, parecem que foram banhadas pelo Mar. Pertencem a uma arquitectura marinha. Parece que cada tijolo foi banhado em água salgada, baptizado numa bacia que cada pedreiro tem do seu lado, antes de ser posto em cima dos anteriores, todos abençoados. E o mesmo para as tintas, dissolvidas em água do mar. E os azulejos, magníficos azulejos onde se podia surfar. Os prédios portugueses sabem a mar.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Provas
A cada dia que passa sou capaz de ver mais provas de que Deus existe.
Mas a questão não parece ser se existe.
A questao parece ser:
Sim, Existe. Mas o que fazer com isso?
Mas a questão não parece ser se existe.
A questao parece ser:
Sim, Existe. Mas o que fazer com isso?
terça-feira, 17 de março de 2009
Caminhar
Hoje vi um passarinho preto a levantar voo à frente do meu carro, quando eu ia na direcção dele na estrada.
Como deve ser maravilhoso voar. Deve ser parecido com nadar debaixo de água, quando impulsionamos o nosso corpo com os nossos movimentos e magicamente ele se move, navega.
Talvez os pássaros estejam já tão habituados a voar que não sintam mais essa excitação, essa maravilha, como especial. Tal como nós já não sentimos o andar.
Mas como é incrível também o andar.
Uma perna, outra perna, movimento. Em frente. Para trás. Lentamente, rápido, mais rápido.
De ora em diante vou tentar caminhar como se voasse. Glorificando o caminho valorizando-o. Percebendo que, como no ar, ele não existe antes de ser caminhado.
Como deve ser maravilhoso voar. Deve ser parecido com nadar debaixo de água, quando impulsionamos o nosso corpo com os nossos movimentos e magicamente ele se move, navega.
Talvez os pássaros estejam já tão habituados a voar que não sintam mais essa excitação, essa maravilha, como especial. Tal como nós já não sentimos o andar.
Mas como é incrível também o andar.
Uma perna, outra perna, movimento. Em frente. Para trás. Lentamente, rápido, mais rápido.
De ora em diante vou tentar caminhar como se voasse. Glorificando o caminho valorizando-o. Percebendo que, como no ar, ele não existe antes de ser caminhado.
segunda-feira, 9 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Trocar de corpo
Uma vez quando estava no sétimo ano, perguntei à minha colega de carteira, que era a pior aluna da turma, se ela já pensara como seria se fosse possível por o nosso cérebro no corpo de outra pessoa e o dessa pessoa no nosso.
Ela respondeu Ficávamos a pensar com as ideias de outra pessoa.
Ela respondeu Ficávamos a pensar com as ideias de outra pessoa.
terça-feira, 3 de março de 2009
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