Ser português é chegar a Nova Iorque e para os ricos ser judeu. É quinze minutos depois em Washington Heights, falar castelhano e ser latino.
É chegar ao Brasil e estar na nossa terra, é nunca estar demasiado calor ou frio, é falar todas as línguas da América.
É na Europa ser europeu. É em África ser do país mais africano da Europa e com mais passado em comum.
É chegar à China, à Índia, à Indonésia ou ao Japão e ser primo daqueles senhores brancos que estiveram ali há muito tempo - no tempo em que quase não havia outros países - e perguntarem-nos "porque se foram embora?"
É na Rússia sermos de um país mais ou menos europeu e periférico como eles com sonhos de grandeza e de conquista do mundo.
É em Roma sermos católicos, é em Israel serem todos nossos primos - quer os judeus, quer todos os árabes com quem partilhamos tanto.
E devia ser usarmos tudo isto para o bem, para nos orgulharmos de sermos quem somos, e não para fingirmos que não somos nós, portugueses.
Pois tudo - especialmente o que é imenso - se pode usar para o imenso Bem ou para o imenso Mal.
3 comentários:
Gosto muito desta visão :)
Uma pergunta Pedro...
Achas que da mesma forma que os Portugueses da nossa geração devem orgulhar-se do passado, os Alemães deveriam envergonhar-se dele?
Acho que ambos devem honrar as coisas boas do passado do seu país e envergonhar-se das más.
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