quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hoje vi a mais bela das coisas

Num restaurante, uma mulher tão bela de felicidade como eu nunca vi, de vestido fresco de verão, dando de comer à boca do seu bebé de um ano.

Porque foi com ela que fiquei a saber o que é uma mulher maternal. Enquanto o bebé acabava de engolir, ela olha para o marido, pega com a outra mão no copo dele e dá-lhe de beber à boca, enquanto ele, babado, olha para o filho dos dois.

Nas outras mesas, cada um comia do seu prato. Tive então a nítida sensação que havia três tendências sexuais na sala. Mas não havia nem heteros nem homos. Havia as pessoas sem filhos, havia os homens com filhos e havia as mulheres com filhos. Como se uma pessoa só depois de ser pai passasse a ser homem, e só depois de ser mãe passasse a ser mulher.

Depois as luzes apagaram-se de repente e cantámos todos os parabéns a outro menino que estava nessa mesa. O pai envolvia-o todo com um braço à volta do corpo e uma mão em toda a barriga pequenina. Ele no escuro, olhava com os olhos amarelos pequeninos espantados a vela inesperada. Fazia quatro anos.

1 comentário:

Maria disse...

Isso realmente é capaz de ser a mais bela das coisas que se pode ver :)