Na hora do almoço, vou a um super-mercado comprar coisas para pôr num pão. O meu salário não é alto.
Se isso se deve à economia estar fraca porque a economia de outras terras está a crescer, terras na China,
e se então isso significa que uma parte do dinheiro que ganharia antes um trabalhador como eu agora vai para a China, para que vários chineses ganhem mais,
(através de um complexo sistema económico que faz com que o mundo globalizado sem fronteiras seja como uma balança lenta mas eficaz, que só quando o dinheiro estiver igualmente repartido se estabilizará permitindo de novo aumento da riqueza nos países que já são hoje mais ricos, tudo isto porque, quanto mais pobre, mais barata a mão de obra, mas por isso, mais baratos os produtos que, assim, ocupam o lugar dos produtos mais caros, dos países com mão de obra mais cara)
e se, neste momento na China, um trabalhador na sua hora de almoço come uma sandes tão pobre mas tão digna quanto a minha (sendo que os que antes estavam no lugar dele nem para a sandes tinham), que ele pode pagar por causa desse dinheiro que antes estaria aqui no meu bolso e agora está lá,
então isso quer dizer que há uma relação direta entre a minha sandes e a sandes chinesa do chinês, e que nós os dois, com o nosso dinheiro, estamos na verdade a fazer uma vaquinha e a, juntos, partilhar o almoço.
Amigo chinês, é um prazer almoçar contigo. Espero que a tua sandes esteja boa. Não tens de quê. Espero que as coisas te corram bem aí na China. Eu? Tenho imensa sorte. Ah, já agora, se tiveres ocasião, diz ao Jia Zhang Ke que ele é o maior realizador do mundo.
4 comentários:
altos raciocínios não precisam de faustos almoços...
Que linda partilha!
É verdade, a fartura atordoa, assim é que a gente está bem!
Obrigado!
Ahah és tão fixe :D
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