Um homem é capaz de satisfazer todos os caprichos de uma moça, e de lhe dizer qualquer coisa que ela queira ouvir para que ela o ame.
A vida de um padre é dizer-nos as verdades mais desconfortáveis. É ser incómodo para todos na sua castidade.
Uma mulher tem o direito a não ver as suas vontades negadas, a ser amada, a amar, a ser feliz.
Ser o vigia da moral do rebanho é incompatível com fazer uma mulher feliz.
Uma mulher que amasse um padre a tal ponto de querer casar com ele, teria de amar Deus ao ponto de ser freira.
Para quê casar um padre e uma freira?
Para terem filhos? Justamente aqueles que mais sofreriam com a falta de tempo dos pais para eles, todo investido no amor do pai e da mãe a Deus.
Um padre, a partir do momento em que estivesse casado ou disponível para isso, deixaria de estar fora da comunidade o suficiente para poder ser olhado por ela como um estranho.
Perderia todo o seu lugar e razão de ser.
Quem traz ao de cima a problemática do casamento dos padres, vindo com mais ou menos boa vontade, vem sempre exercer a sua missão. Pois é através da sua proposta para que um dogma seja revisto, que se vem sempre renovar a razão de ser da impossibilidade disso mesmo, já que é, na verdade, um mero e justo pedido para volte a ser expressa, por quem sabe, a razão de ser de um dogma. Porém, no dia em que não houver nenhuma resposta a esse pedido, já não haverão padres, pelo que sim, será aceitável que eles casem.
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