domingo, 9 de maio de 2010

Usar a verdade para a mentira

O perigo do esoterismo, do New Age, dos cultos ao sobrenatural, das videntes, dos espiritismos organizados, da psicologia e afins auto-ajudas - ou seja, de todas as falsas religiões - é usar o poder avassalador e verdadeiro da Fé de alguém para aquilo que não é o essencial para essa pessoa e para a humanidade. Usar a Fé para o Mal.

As falsas religiões são paliativos onde as verdadeiras procuram a cura.

4 comentários:

Mayra disse...

"Historicamente foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.

No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger". Através da religião a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que via em religio uma relação com "religar".

Macróbio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados.

Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas."

"Dentro do que se define como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios."

"A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a um certo grupo social."


09/05/2010
12:05 | GMT -3

Mayra disse...

Se "religião" é a religação do homem com o divino, então não há falsa religião. Portanto a religião não precisa ser institucionalizada, não precisa de alvará de funcionamento, nem mesmo sede física. Precisa apenas da fé de cada indivíduo.

Calor Humano disse...

A Fé é verdadeira, mas quem a manipula para chegar a fins como sejam o egoísmo, por exemplo, não está a trabalhar para o Bem.

Se preferes que mude os termos, não há falsas religiões, há então religiões que trabalham para o Mal.

Calor Humano disse...

Religião é Fé organizada. Se não é organizada não é uma religião, é a fé individual de cada um.