Há coisas que é preciso não saber para saber outras. Diz-se que o saber não ocupa lugar, mas não é verdade.
Há saberes que anulam outros. Há saberes que se anulam uns aos outros. Certos saberes ocupam o lugar de saberes opostos a eles. Há quem não perceba isto. Não é complicado. Por exemplo (é sempre mais fácil com um exemplo), é preciso nunca ter "vivido" o que é ter pai e mãe para compreender o que é ser órfão.
Para perceber a vida de outra pessoa, não basta conhecer os elementos que levaram a essa vida. É preciso também ignorar os nossos. E é impossível. Quando falo em compreender, falo em sentir como verdade aquilo que o outro sente como verdade. É isso que é compreender o outro. É compreender tudo nele.
Ora isso é impossível. E era isso que queria dizer às pessoas que tiram conclusões sobre os outros partindo do princípio que os compreendem só porque sabem tudo sobre eles.
Saber tudo sobre alguém, não é saber tudo, na medida em que não se sabe só isso. Na medida em que sabemos algo sobre nós.
Saber tudo é impossível. Para saber umas coisas, é preciso não saber outras. E a cada coisa que aprendemos, estamos a destruir outra que sabíamos, que era o não sabermos. Cada pessoa devia ter muito cuidado com aquilo que aprende.
Partamos do princípio que é impossível alguém compreender completamente outra pessoa e talvez nos consigamos começar a compreender um pouco melhor. Prestar mais atenção ao que podemos, por termos noção do que não podemos.
Ora isso é impossível. E era isso que queria dizer às pessoas que tiram conclusões sobre os outros partindo do princípio que os compreendem só porque sabem tudo sobre eles.
Saber tudo sobre alguém, não é saber tudo, na medida em que não se sabe só isso. Na medida em que sabemos algo sobre nós.
Saber tudo é impossível. Para saber umas coisas, é preciso não saber outras. E a cada coisa que aprendemos, estamos a destruir outra que sabíamos, que era o não sabermos. Cada pessoa devia ter muito cuidado com aquilo que aprende.
Partamos do princípio que é impossível alguém compreender completamente outra pessoa e talvez nos consigamos começar a compreender um pouco melhor. Prestar mais atenção ao que podemos, por termos noção do que não podemos.
1 comentário:
Fez-me lembrar a conversa que tivemos sobre a minha prima.
A ideia é gira, mas acho que os saberes não se anulam. só se formos dogmáticos em relação a eles. caso contário, estamos a melhorar a nossa capacidade de abstracção a situações que nos são alheias mas com as quais temos sempre ligações porque as coisas não são estanques.
simplesmente nunca nos devemos convencer que sabemos tudo sobre o que quer ou quem quer que seja.
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