quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Poema VII

Fazes esculturas no chá
de não lhe tocares

Aumentas-me a sede
ao respirares

Quando deixas o calor entrar
nos espaços entre as coisas

Constróis na água quente
a beleza dos não lugares


Abraças o passar do tempo
sem nada forçares

Deixas nascer o alimento
fecundado por olhares

E quando nessa flor
acordas o paladar

Libertas nele a cor
do meu sangue a escaldar

2 comentários:

Mayra disse...

Tô adorando sua fase poética! Logo vai ser uma fase musical!

Calor Humano disse...

:) se depender de ti eu sei que vai