Mas porquê? Porque vem aí a crise logo agora que eu tinha comprado umas calças de ganga novas e justinhas para exibir no Bairro Alto? Bolas pá...
Parece-me que a crise só acontece porque há falta de Amor no mundo. Ninguém deixava que a crise acontecesse se tivesse alguma coisa valiosa o suficiente porque lutar. E para proteger. Uma moça linda com olhos de índia para amar. É por isso que o sistema activa esta espécie de instinto suicida e se auto-destrói. Quando percebe que não se consegue sustentar emocionalmente. Dizem que os mercados não se estão a auto-regular. Eu não vejo melhor exemplo de auto-regulação que um sistema que percebe que não vale a pena tanto trabalho se não há ninguém em casa para nos afetar com os seus doces afetos.
Este sistema foi afetado por isso. É um pena. Eu gostava dele. O capitalismo tinha coisas incríveis. Vai ser incrível poder contar aos meus netos que vivi no tempo do capitalismo - como a minha mãe conta que viveu na Alemanha Comunista - e que, ao contrário do Comunismo, o Capitalismo tinha muitas coisas boas. Mas pronto, não se pode ter só uma parte. Uma forma traz sempre o seu conteúdo.
Talvez agora, obrigados a lutar para viver, os homens da minha geração se tornem mesmo homens e as mulheres mesmo mulheres, e se amem todos uns aos outros, quando só isso tivermos para nos fazer felizes. Não mais sofás aveludados, não mais o fetiche das roupas caras, não mais os carros velozes. Não mais o algodão doce. É uma pena, já disse. Mas talvez assim voltemos a amar. Talvez assim um abraço volte a valer um abraço. Talvez as pessoas voltem a dar beijos por gosto.
Ao contrário do que os analistas prevêem, acho que a natalidade vai subir com a crise. Pelo menos se depender de mim vai.
Parece-me que a crise só acontece porque há falta de Amor no mundo. Ninguém deixava que a crise acontecesse se tivesse alguma coisa valiosa o suficiente porque lutar. E para proteger. Uma moça linda com olhos de índia para amar. É por isso que o sistema activa esta espécie de instinto suicida e se auto-destrói. Quando percebe que não se consegue sustentar emocionalmente. Dizem que os mercados não se estão a auto-regular. Eu não vejo melhor exemplo de auto-regulação que um sistema que percebe que não vale a pena tanto trabalho se não há ninguém em casa para nos afetar com os seus doces afetos.
Este sistema foi afetado por isso. É um pena. Eu gostava dele. O capitalismo tinha coisas incríveis. Vai ser incrível poder contar aos meus netos que vivi no tempo do capitalismo - como a minha mãe conta que viveu na Alemanha Comunista - e que, ao contrário do Comunismo, o Capitalismo tinha muitas coisas boas. Mas pronto, não se pode ter só uma parte. Uma forma traz sempre o seu conteúdo.
Talvez agora, obrigados a lutar para viver, os homens da minha geração se tornem mesmo homens e as mulheres mesmo mulheres, e se amem todos uns aos outros, quando só isso tivermos para nos fazer felizes. Não mais sofás aveludados, não mais o fetiche das roupas caras, não mais os carros velozes. Não mais o algodão doce. É uma pena, já disse. Mas talvez assim voltemos a amar. Talvez assim um abraço volte a valer um abraço. Talvez as pessoas voltem a dar beijos por gosto.
Ao contrário do que os analistas prevêem, acho que a natalidade vai subir com a crise. Pelo menos se depender de mim vai.
1 comentário:
Parece-me que a crise só acontece porque há falta de Amor no mundo.
or,a o ano passado numa aula de direito da família um rapaz num anfiteatro cheio interveio om um :" só existe direito da família porque não há Amor."
assim é a crise.
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